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História 40/2001
Terras do Sul: Etnografia e História Social
Fátima
Sá e Melo Ferreira e Rui Santos
Introdução
Estudos
Filipe
Themudo Barata, Maria Filomena Lopes de Barros, Fernando Branco Correia,
Hermenegildo Fernandes, Manuela Santos Silva e Hermínia Vasconcelos
Vilar
Elites sociais e apropriação do espaço no Além Tejo na Idade Média 
Helder
A. Fonseca e Rui Santos
Três séculos de mudança no sector agrário alentejano: a região de Évora
-séculos XVII a XIX 
Ana
Cardoso de Matos
A indústria de lanifícios no Alentejo (finais do século XVIII a finais
do século XIX) 
Paula
Godinho
Comunidade, classes e colectivos no sul de Portugal - Couço: 1958-1962
João
Leal
Orlando Ribeiro, Jorge Dias e José Cutileiro: imagens do Portugal mediterrânico
Estudos Breves
Manuel
Baiôa e Paulo Silva Fernandes
Elites agrárias e acção pública: o Alentejo entre 1800 e 1930
Homenagem
a Mariano Feio
Críticas e Debates
Pedro
Cardim
Validos, intriga palaciana e luta política no início de seiscentos.
Em torno de um livro recente de António Feros
Recensões
Actualidade Científica
Resumos
Filipe
Themudo Barata, Maria Filomena Lopes de Barros, Fernando Branco Correia,
Hermenegildo Fernandes, Manuela Santos Silva e Hermínia Vasconcelos
Vilar
Elites sociais e apropriação do espaço no Além
Tejo na Idade Média
O objectivo deste
artigo é o de salientar a diversidade dos processos sociais da
ocupação do território e da apropriação
da terra após a Reconquista. Os autores mostram como foram construídas
as articulações espaciais e sociais, estruturantes da
sociedade medieval portuguesa. Mais do que apresentar conclusões,
pretendeu-se abrir uma janela para se poder observar comportamentos.
Em primeiro lugar, como é que as oligarquias, novas e antigas,
ocuparam as terras do interior rural a partir dos centros urbanos. Em
segundo lugar, como é que os antigos poderes senhoriais mantiveram
uma permanente atenção sobre o seu património em
redor dos centros urbanos e nos espaços peri-urbanos. Por último,
a partir da observação de uma comunidade moura, verificou-se
que foi feita uma forte e constante pressão para afastar os vencidos
da posse da terra.
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Helder
A. Fonseca e Rui Santos
Três séculos de mudanças no sector agrário
alentejano: a região de Évora, séculos XVII a XIX
Este artigo aborda
a emergência do modelo de grande propriedade e exploração
alentejana, correntemente designada como «latifúndio».
Centrando-se na região de Évora, descreve esse processo
longo e elucida os mecanismos económicos e institucionais que
o impulsionaram, privilegiando a compreensão das estratégias
desenvolvidas pelos actores nos seus contextos conjunturais. Argumenta-se
que, na sequência da crise prolongada do século XVII, conheceu
duas fases que desembocaram na reforma agrária liberal:
1.ª: a concentração das lavouras no mercado de arrendamentos
e a emergência da grande exploração agrária
(século XVIII);
2.ª: a transferência da propriedade, a consolidação
fundiária da grande lavoura e a criação do modelo
agrário moderno (1774 a 1860).
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Ana
Cardoso de Matos
A indústria de lanifícios no Alentejo (finais do século
XVII a finais do século XIX)
A região
do Alentejo é geralmente considerada como uma região agrícola
onde a indústria ocupou sempre um lugar secundário. Contudo,
os distritos de Évora e Portalegre tiveram um importante papel
na produção de lanifícios entre o final do século
XVIII e o final do século XIX.
Neste estudo, a autora analisa a organização e a evolução
da produção da indústria dispersa, procurando explicar
as razões da sua decadência. Procura-se também explicar
o contexto do nascimento e desenvolvimento da grande indústria
que durante muito tempo foi dominada pela família Larcher.
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Paula Godinho
Comunidade, classes e colectivos no sul de Portugal - Couço,
1958-1962
Tendo como pano
de fundo as classes sociais, procura interrogar-se os limites das concepções
de comunidade e de colectivo nos campos do sul de Portugal (Couço,
concelho de Coruche, distrito de Santarém), entre 1958 e 1962.
Estas classes assentam na posse da terra e exprimem-se através
da dicotomia nós/eles, tendo num dos pólos os trabalhadores
rurais e no outro os proprietários, e sobre a qual é plasmada
uma outra dicotomia, entre o colectivo resistente - que desencadeou
um conjunto de ofensivas contra os latifundiários e a ditadura
- e os apoiantes do regime salazaristas.
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João
Leal
Orlando Ribeiro, Jorge Dias e José Cutileiro: imagens do Portugal
mediterrânico
Neste artigo o autor procura abordar as diferentes imagens do Portugal
mediterrânico desenvolvidas por três importantes cientistas
sociais portugueses do século XX: o geógrafo Orlando Ribeiro,
o etnógrafo Jorge Dias e o antropólogo social José
Cutileiro.
O autor defende que estas imagens distintas são projectadas a
partir de diferentes atitudes ideológicas em relação
ao campo, da pastoral à contra-pastoral, e também devido
a formas diferentes de entender a relação entre o rural
e identidade naional.
Índices (números 30
a 40)
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