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   Ler História 49 /  2005 
  Dossier: Leituras e Teorias da História
  
        Miriam Halpern Pereira 
          A História e as Ciências Sociais
  João Carlos Graça 
          Martins e Eça: leituras transtextuais, teorias da história e teorias económicas
   José d’Assunção BarrosOs Campos da História no Século XX
   Estudos
 
        Ângela Barreto Xavier  David contra Golias na Goa Seiscentista e Setecentista
  Maria João Guardado Moreira e Teresa Rodrigues Veiga  Modelos de Mortalidade em Portugal
  Francisco Pinheiro  A Imprensa Desportiva Portuguesa: das origens à popularização (1893-1945)
   Entrevista
 
                  José NevesPor uma história odara? – Conversa com Edgar De Decca
  Críticas e Debates
 
      António Ramalho EanesRecordar Melo Antunes
  Recensões 
 
  Actualidade Científica
    
          
  Resumos
 Ler História 49 / 2005  
         Miriam Halpern Pereira A história e as ciências sociais
 Arte ou Ciência? Interrogação acerca da natureza do saber histórico que a autora insere na relação dinâmica entre a História e as outras ciências sociais durante os últimos dois séculos.
 O objectivo é analisar o papel dos debates metodológicos e epistemológicos suscitados pelo desenvolvimento das outras ciências sociais na ruptura dos parâmetros científicos eruditos e positivistas. A renovação da História caracteriza-se por uma diversificação de métodos e de temas, fragmentação que acaba por se tornar em si um tema de reflexão. Em contraste com a evolução geral, em Portugal apenas nos últimos 30 anos foi possível participar plenamente nesta transformação do objecto da História.
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  João Carlos Graça Martins e Eça: leituras transtextuais, teorias da história e teorias económicas
  Várias ideias tomadas a sério por Oliveira Martins, e por si expostas de modo academicamente respeitável, são parodiadas literariamente por Eça de Queirós nas suas novelas orientalizantes, num tom onde predominam o claro-escuro e o labiríntico. Entre essas ideias encontram-se: a importância do acaso na história, a supremacia ariana, a oposição entre os pretensos modelos europeu e chinês de economia e sociedade.Distanciando-se das posições supostamente eruditas de Martins, Eça permite-se expressar a sua simpatia pelo conjunto da experiência humana. Do seu ponto de vista, a realidade social suscitadora de maiores dificuldades de identificação terá sido... a portuguesa.
 
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  José D’Assunção Barros Os campos da história no século XX
 
 Este artigo procura esclarecer e discutir alguns aspectos relacionados com as diversas modalidades da História, organizando uma visão panorâmica dos vários campos em que se divide o conhecimento histórico nos dias de hoje. São discutidos aspectos diversos, incluindo os objectos, fontes e abordagens mais comuns a cada um destes campos.
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  Ângela Barreto Xavier David contra Golias na Goa seiscentista e setecentista
  Para compreender a durabilidade da dominação imperial portuguesa em Goa importa conhecer, com maior detalhe, o modo como para ela concorreram as elites indígenas. Ao longo de mais de quatro séculos, estas participaram activamente na construção do cenário imperial, dele retirando, sempre que possível, dividendos. É neste contexto que me proponho discutir o modo como as elites de origem local convertidas ao Cristianismo se transfiguraram em colonizadores internos, disputando entre si a primazia na ordem imperial. Nesse processo de reconstrução identitária, cada grupo postulou a sua nobreza natural, vinculando a sua história à narrativa bíblica, cristianizando, inclusive, o modelo social das quatro varnas (doravante designadas como castas), e negando a veracidade de semelhantes articulações aos seus opositores.  voltar  
        
  Maria João Guardado Moreira e Teresa Rodrigues Veiga Modelos de mortalidade em Portugal
  As alterações ocorridas na mortalidade portuguesa reflectem tempos e circunstâncias diferenciadas. A lenta transição demográfica que marca a passagem de uma mortalidade típica de Antigo Regime demográfico para os níveis baixos que a caracterizam actualmente, mostra uma cronologia específica, que diverge da manifestada na maioria dos países europeus. 
 O processo de mudança inicia-se com as transformações ocorridas no século XIX, embora ainda caracterizada por uma grande estabilidade. Só no século XX se registam algumas mudanças, principalmente nas últimas décadas, o que indicia transformações substanciais no modelo de mortalidade dos portugueses e prende-se com processos de mudança social de enorme importância.
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  Francisco Pinheiro A imprensa desportiva portuguesa: das origens à popularização (1893-1945)
  A história da imprensa desportiva portuguesa começou a escrever-se em finais do século XIX. Nos 50 anos seguintes, vários títulos contribuíram decisivamente para a consolidação deste género de imprensa especializada, resistindo a duas revoluções, a duas guerras mundiais e a várias crises económicas. Esta é uma breve viagem pela história dos nossos mais importantes jornais desportivos portugueses, desde o seu nascimento até à sua consolidação no espectro informativo nacional. voltar  
            
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